Profissionais contam com amplo universo de atuação, que alcança as mais diferentes áreas da empresa. A escolha do caminho passa por habilidades de cada um e especializações
A engenharia de alimentos está presente em todos os passos de um produto alimentício industrializado que chega ao consumidor nas prateleiras dos supermercados. Desde a escolha da matéria-prima, desenvolvimento da formulação, definição dos equipamentos e processos para fabricação até o transporte e armazenamento.
Enfim, um amplo universo da indústria de alimentos e bebidas, que oferece interessante diversidade de caminhos para atuação do engenheiro de alimentos.
Há espaço em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos e possibilidades de ocupar cargos técnicos em diferentes áreas e até de alta gestão. Trilhas de oportunidades que podem ser construídas a partir da afinidade pessoal de cada profissional com as distintas áreas e da constante busca por especialização.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos (Abea), Gumercindo Ferreira da Silva,
“a carreira do engenheiro de alimentos exige que o profissional se especialize em uma área específica, aprofunde e atualize constantemente seus conhecimentos”.
Afinal, investir em conhecimento é requisito essencial para manter-se alinhado a um mercado cada vez mais exigente e competitivo.
Uma das áreas que tem ganhado espaço na indústria de alimentos é a de controle e garantia da qualidade. São crescentes as exigências relacionadas à qualidade e segurança dos alimentos. Para quem optar por este caminho, a Abea indica (e oferece) algumas opções de cursos de capacitação, atualização e aperfeiçoamento nesta área:
- APPCC/ HACCP segundo o Codex Alimentarius e ISO 22000
- Interpretação FSSC 22000
- Interpretação ISO 9001:2015
- Auditoria interna em Segurança dos Alimentos
- BPF e Regulamento técnico para fabricação e emprego de produção – IN 04, IN 65 e IN 15
- Formação de Auditores Internos em Sistema de Gestão da Qualidade
- Rastreabilidade, Recolhimento/Recall e Gerenciamento de Crises – RDC 24/2015
- Tecnologias de Conservação nos Processos Industriais de alimentos
Confira alguns dos caminhos que esse profissional pode percorrer na indústria alimentícia para construir uma carreira de sucesso. A maioria destes roteiros também podem ser trilhados por profissões como a de engenheiro químico.
Comercial
O conhecimento do engenheiro de alimentos pode ser importante diferencial no relacionamento com clientes, nas ações de marketing e, inclusive, no estabelecimento de estratégias e na gestão de vendas e negócios. Atividades que passam por diferentes funções, como vendas, assistência técnica, marketing, gerência e diretoria.
Compras
O profissional desta área tem atuação especializada na pesquisa e escolha fornecedores e de insumos, como matérias-primas, embalagens e equipamentos. Habilidade na negociação de preços é uma das características chave para o engenheiro de alimentos que optar em atuar em Compras, assim como a proatividade no monitoramento constante dos movimentos do mercado global para articular compras estratégica, assegurando o abastecimento de suprimentos para atender às necessidades da produção.
P&D e inovação
O engenheiro de alimentos que optar por fazer carreira na área de Pesquisa e Desenvolvimento tem vasto campo de atuação, que alcança desde produtos dos mais diferentes segmentos, processos até tecnologias que priorizam a inovação. Em todos os casos, a expertise será (e fará) o norte da atuação e da carreira.
Controle e garantia da qualidade
Esta é outra área que proporciona um grande universo de possibilidades. Até porque cada vez mais cresce o cuidado e o rigor com a qualidade e segurança dos alimentos. O engenheiro de alimentos que seguir por este caminho, pode especializar-se para trabalhar em:
- Implementação e manutenção de sistemas de gestão: de qualidade, de meio ambiente e/ou de segurança de alimentos;
- Assuntos regulatórios (cumprimento de legislações, por exemplo, em relação a matérias-primas, produtos, embalagens, qualidade, higiene e processos de produção de alimentos);
- Análises de matérias-primas, processos e produtos finais: físico-químicas, microbiológicas, sensoriais;
- Documentação técnica dos produtos.
Produção
O profissional de engenharia de alimentos que escolher o caminho na área de produção também tem vasto campo de atuação. Confira abaixo dois deles:
Na fábrica: na busca pela otimização de métodos, equipamentos, tecnologias e processos; no controle de processos e da qualidade de produtos; na programação da fabricação dos produtos, observando questões como tempo, quantidade, restrições (como alergênicos) e prazos de entrega.
No almoxarifado: armazenamento de matérias-primas, produtos e embalagens de acordo com as legislações. Uma das mais recentes é a dos alergênicos, que estabelece cuidados e critérios para evitar contaminação cruzada e garantir qualidade e segurança dos produtos.
O universo de atuação do engenheiro de alimentos na indústria alimentícia é amplo. A especialização é um dos aspectos que ajuda na orientação de qual caminho seguir. Mas é importante analisar, na hora de escolher, qual área pode trazer mais satisfação e realização para cada perfil.
Além disso, trata-se de um profissional que precisa estar constantemente buscando por atualização. Que tal conferir a agenda dos principais eventos do setor alimentício em 2018? Depois nos conte o que achou!