Para compensar os efeitos do agito da vida moderna, há um interesse crescente de consumidores em “mood food”, ou seja, comidas que estimulem o humor, abrindo oportunidades para indústrias de alimentos e bebidas lançarem produtos que ajudem a aumentar o bem-estar emocional
A forma como uma pessoa está se sentindo influencia na escolha do alimento ou bebida que tem desejo de consumir?
E o que ela come pode afetar o que se sente?
Afinal, quem já não buscou o alívio do estresse em um pedaço de chocolate? Ou, então, mais disposição e energia em uma xícara de café?
A resposta é sim! E se insere em um conceito: o “mood food”.
Estudos não deixam dúvidas que os alimentos interferem nos sentimentos e emoções. Uma análise publicada na revista científica The Lancet afirma que, embora os determinantes da saúde mental sejam complexos, a evidência da nutrição como um fator crucial na prevalência e incidência de transtornos mentais sugere que a dieta é tão importante para a psiquiatria (saúde mental) quanto é para cardiologia, endocrinologia e gastroenterologia (saúde física). Em pesquisa divulgada pela Mintel (maio 2018), 70% das mulheres canadenses concordam que o que comem afeta seu bem-estar emocional.
No entanto, o conceito mood food não é algo novo. A relação entre a comida e o estado de humor das pessoas já havia sido identificada por Hipócrates, 460 a.C, considerado o pai da medicina e autor da famosa frase: “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”. De lá até os dias de hoje, várias pesquisas foram desenvolvidas em relação ao assunto, mas ainda há muitas mais a avançar.
O ritmo frenético de vida dos últimos tempos intensificou os sintomas de fadiga, ansiedade, estresse e depressão. Com maior acesso à informação e mais conscientizados, os consumidores estão promovendo a uma verdadeira revolução no comportamento, carimbada pela necessidade crescente por saúde e bem-estar.
Em uma era em que a indulgência funcional ganha destaque, a Mintel sinaliza para a tendência Mood to Order (humor para encomendar), que começa a despontar e sinalizar para o potencial do Mood Food ou “alimentos de humor”. Ao lado de outras frentes como o mindfulness (atenção plena) e self-care (auto-cuidado), o mood food retrata a busca das pessoas por antídotos para as suas vidas agitadas e estressantes.
Pesquisa divulgada em março de 2018 pela Mintel, indica que 66% dos consumidores do Reino Unido concordam que o que se come tem um impacto direto sobre o bem-estar emocional. No Brasil, 42% dos consumidores disseram que estão interessados em alimentos/bebidas que os ajudem a ser menos estressados, segundo o levantamento “Estilo de Vida Ocupado – Brasil (2017)”..
Em análise, a Mintel afirma que talvez nunca tenha havido uma oportunidade melhor para as indústrias de alimentos e bebidas apresentarem produtos relacionados ao conceito mood food. Ou seja, àqueles com alegações de “humor e saúde emocional”, com efeitos calmante, relaxante, energético e até mesmo estimulantes de foco e maior clareza de pensamento.
Veja também:
- O panorama do mercado de alimentos no Brasil em 2018
- Saudabilidade: Carolina Godoy analisa e aponta caminhos para a indústria de alimentos
- Os cenários da população global e do mercado de alimentos no Brasil e no mundo
Os consumidores estão cada vez mais interessados em sua saúde e seu bem-estar emocional. E a alimentação é uma das fontes que eles procuram para compensar os efeitos da vida moderna, como fadiga, ansiedade, estresse e depressão.
Afinal, há nutrientes em alimentos que comprovadamente possuem propriedades capazes de promover a sensação de bem-estar e bom humor.
Você acha interessante explorar este nicho de mercado? A sua empresa está atenta a este movimento? Conte para nós!
Aproveite e confira também porque o Mood Food é uma oportunidade de mercado.