As profundas transformações, impulsionadas pela revolução digital, vem pressionando a quebra de paradigmas e estimulado o desenvolvimento de novas habilidades para inovar com olhar no futuro, mantendo a relevância no mercado
O mundo em transformação exponencial, hiperconectado e cada vez mais acelerado tem lançado imensos desafios a pessoas e organizações. Muitas coisas mudaram radicalmente nos últimos anos, e muitas outras estão neste processo, um cenário que instiga profundas reflexões para desvendar caminhos que ajudem a assegurar relevância no mercado e olhar o futuro.
Inspirado por estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial sobre competências exigidas no mundo profissional a partir da chegada da revolução digital, o Gerente de Inovação da Duas Rodas, Fernando de Jesus, aponta quatro habilidades do futuro que defende serem fundamentais para pessoas e empresas que querem manter-se inovadoras e em evidência no mercado.
“Estamos vivenciando uma grande ruptura no modelo de avaliar as competências humanas e sua relação com o trabalho, saindo de competências consideradas hard skills, como lógica, matemática, para competências soft skills, em que o que é levado em consideração é basicamente o comportamento humano e mental diante de cenários cada vez mais imprevisíveis”, afirma Fernando, em entrevista exclusiva ao Blog Flavors & Botanicals.
A 1ª das habilidades defendidas pelo executivo é a empatia, a base do design thinking:
“Por que é importante ter empatia? O maior erro em relação à empatia – na vida, não apenas no trabalho – é supor que as pessoas são como nós. E aí não perguntamos. E acabamos criando ‘soluções’ que funcionariam para nós, mas que não funcionam para elas. Por isso, é tão importante colocar os consumidores no processo decisivo de criação e lançamento de produtos. Quanto mais eles são inseridos no processo criativo, maiores são as chances de desenvolvermos um produto que possa atendê-los de fato”.
A capacidade de exercitar o pensamento crítico, a quebra de padrões e o desenvolvimento de novas hipóteses é outra habilidade destacada por Fernando na entrevista.
Ele também defende o Learning by doing, “aprender fazendo”, uma habilidade que não exige metodologia específica, mas que amplia o entendimento sobre o fato de que mundo perdeu as respostas prontas para todas as coisas.
“Se não temos todas as respostas, convém nos adaptarmos aos novos tempos. E o interessante disso é que essa capacidade de ficar confortável no desconforto é uma habilidade que os inovadores precisam ter”, afirma o executivo.
Ele também lança um alerta: “quando estamos muito apaixonados pelo nosso produto, perdemos a oportunidade de atender aquela dor do cliente tem”.
A 4ª habilidade apontada por Fernando é a capacidade de reconhecer a vulnerabilidade, e partir disso, estudar profundamente, analisar atentamente movimentos e avaliar se a possibilidade apresentada faz sentido para os negócios tanto da empresa como do cliente.
“Quando estamos inovando, é um processo natural que as coisas tenham consequências imprevisíveis. O futuro é incerto, mas essa incerteza é raiz de toda a criatividade humana”, finaliza.
Assista à entrevista completa:
A revolução digital provocou transformações radicais no mundo nos últimos anos, com impacto em todos os movimentos da humanidade. Manter-se relevante no mercado de trabalho e nos negócios tem exigido novas competências das pessoas e das organizações. Neste sentido, começam a despontar habilidades que estimulam a inovação com olhar no futuro e ajudam a navegar em tempos de incertezas.
Você identifica exemplos de novas habilidades que têm auxiliado empresas a desenvolver produtos ainda mais assertivos neste cenário de imprevisibilidade? Conte para nós!
Confira aqui a primeira parte da entrevista com Fernando de Jesus, em que ele analisa a inovação na indústria de alimentos como resposta em um mundo em transformação.
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