Existem mais de 300 espécies de hibisco (Hibiscus sp.) distribuídas em regiões tropicais e subtropicais ao redor do mundo. O hibisco comestível, pertencente à espécie Hibiscus sabdariffa (família Malvaceae), é um arbusto anual, nativo dos continentes africano e asiático, porém naturalizado em muitas áreas das Américas, tendo sido introduzido no Brasil pelos escravos. Esta planta é conhecida popularmente no Brasil como hibisco, hibiscus, rosele(a), groselha, papoula, flor da jamaica, azedinha, quiabo azedo, caruru-azedo, caruru-da-guiné e quiabo-de-angola, além de receber outros nomes como jamaica (Espanha e México), carcade (Itália), Karkade (Arábia), roselle (Inglaterra) ou L´oiselle (França).
O hibisco é procurado por suas folhas para preparo de saladas frescas ou cozidas, por suas flores, sementes e caule. Porém, a parte mais importante da planta é o cálice ou bráctea, a partir do qual podem ser elaborados vários tipos de alimentos e bebidas. O mesmo vem atraindo a atenção das indústrias de alimentos, bebidas e farmacêuticas, que começam a vislumbrar a possibilidade de exploração racional desse vegetal como matéria-prima para desenvolvimento de alimentos e como fonte natural de corantes, demonstrando um grande potencial econômico. Cálices frescos e desidratados de H. sabdariffa são usados no preparo de chás, bebidas quentes e geladas, bebidas fermentadas, vinhos, geleias, sorvetes, chocolates, agentes flavorizantes, pudins e tortas.
A planta vem despertando interesse também do meio acadêmico e da indústria devido à sua rica composição.
Os principais constituintes químicos presentes no H. sabdariffa e relevantes para sua atividade biológica são: ácidos orgânicos, antocianinas, polissacarídeos e flavonoides, estando presente em maiores concentrações neste primeiro o ácido cítrico, ácido hidroxicítrico, ácido hibisco, ácido málico e tártarico. Os ácidos oxálico e ascórbico também aparecem, embora em baixas concentrações.
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