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Menos pode ser mais na indústria de alimentos: entenda os desafios da saudabilidade

março 14, 2018

Tempo de leitura5 minutos

Menos (sódio, açúcar, glúten) pode ser muito mais (lucro). Os números divulgados por pesquisas no Brasil e no mundo não deixam dúvidas.


 

Os índices de pessoas com doenças crônicas e/ou com diagnóstico de intolerância alimentar crescem a uma velocidade assustadora. E, com isto, a urgência em encontrar alimentos que atendam estas necessidades especiais de alimentos. Contexto reforçado com o novo momento em que vivem as gerações, impulsionadas pela busca do bem-estar e de qualidade de vida.

A indústria de alimentos está preparada para esta tendência? O movimento é altamente promissor e o caminho das opções saudáveis nem de longe parece ser passageiro. Veio para ficar.

 

Apelo por mais e novas opções

Em 2015, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) indicou que 11% dos entrevistados declararam que já estavam “gastando mais com alimentos saudáveis por causa de problemas de saúde”. Tendência de consumo cada vez mais consciente, que faz crescer também as exigências. É o que atesta pesquisa da Mintel, que revela que quase um terço, 30% dos brasileiros, que consomem produtos saudáveis gostaria de ver uma maior variedade de opções ​​disponíveis nos supermercados.

Os produtos com apelos de redução de sódio e até itens sem glúten e lactose já estão em maior quantidade nas gôndolas. Segundo o Euromonitor, no Brasil, o mercado de produtos com esse apelo movimentou US$ 34,7 bilhões em 2014, 72,3% a mais do que o montante registrado cinco anos antes, em 2009.

O Euromonitor sinaliza que o segmento destinado à intolerância alimentar é o que teve o maior crescimento no período: saltou 211,5%, passando de US$ 50,3 milhões para US$ 156,7 milhões. E a categoria de produtos com redução de ingredientes como sódio, açúcar, gordura ou carboidrato cresceu 48%, passando de US$ 4,9 bilhões em 2009 para US$ 7,2 bilhões em 2014.

O que o consumidor quer ver nas gôndolas

Os dados acima confirmam que nem mesmo o cenário de desemprego e crise abalou o balanço positivo da categoria de alimentos com apelo mais saudável. Pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (APAS), realizada em parceria com as empresas Nielsen e Kantar Worldpanel, reforça a constatação: a preocupação dos consumidores brasileiros com a saúde vem crescendo, motivando uma queda nas vendas de produtos como refrigerantes e margarinas, ao mesmo tempo que itens como água de coco e cream cheese cresceram.

Os latinoamericanos estão ávidos por produtos que promovam a saudabilidade, segundo pesquisa Nielsen. Eles querem encontrar nos supermercados mais produtos 100% naturais (68%), com baixo teor de gordura (60%), com baixo teor de açúcar (59%), com baixo teor de sódio (49%), orgânicos (49%) e livre de lactose (28%).

Fonte: Nielsen

A expectativa por mais e novas opções de saudáveis tem o reforço da preferência por produtos com ingredientes orgânicos e naturais. Estudo da Nielsen revela que os latinos têm disposição de pagar a mais por produtos que ofereçam, por exemplo, alta qualidade (57%), funcionalidade e performance superior (50%), ingredientes orgânicos ou naturais (49%) e os ecologicamente corretos (48%).

Fonte: Nielsen

As estratégias de empresas conectadas à nova era

As empresas alimentícias que já estão conectadas às necessidades de saúde do consumidor do século XXI estão adotando mudanças em quatro frentes de ação, indica a Nielsen. Sem mudar os atributos do seu produto tradicional, algumas indústrias têm reduzido o tamanho das embalagens, e comunicado que os produtos só devem ser consumidos ocasionalmente ou como um tratamento.

Outras medidas têm sido a redução do conteúdo de ingredientes altamente calóricos nos produtos do atual portfólio; e diversificação do portfólio através da inovação ou aquisição de empresa de produtos saudáveis.

Uma quarta frente de ação é a de lutar pela causa, redirecionando a estratégia da companhia, focando no uso dos alimentos como medida preventiva para os problemas de saúde e criando produtos funcionais ou fortificados, que ajudem na prevenção da obesidade e de doenças crônicas.

Fonte: Nielsen

Todos os números comprovam uma disposição muito grande dos consumidores, em especial dos brasileiros, de buscarem um estilo de vida mais saudável. O que há alguns anos era uma tendência, hoje em dia vem se tornando realidade nas prateleiras dos supermercados e também no desenvolvimento de produtos da indústria de alimentos e bebidas.

Saiba mais sobre esse cenário e como a preocupação com doenças e saúde do consumidor influencia nas oportunidades para a indústria alimentícia.

 

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