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Ferramentas para obter sucesso no processo de cocriação

março 3, 2022

Tempo de leitura6 minutos

Cocriar significa integrar conhecimentos e experiências de pessoas diferentes a fim de gerar algo inovador. Para isso, é importante que haja a estruturação do pensamento criativo- para que o resultado seja satisfatório e a cocriação proveitosa para o negócio. Existem inúmeras ferramentas para que esse processo traga os resultados esperados. Abordaremos nesse texto duas delas: o workshop e o design thinking.

A palavra workshop, traduzida para o português, significa oficina, ou seja, é um conceito que aborda o conhecimento aliado à prática. Caracteriza-se pela reunião de pessoas com um objetivo em comum, onde acontecem sessões dinâmicas e trabalhos em grupo. Ao deparar-se com algum desafio de inovação, é muito comum optar-se pela realização de um workshop, pois essa ferramenta permite que haja um ambiente mais fértil em ideias.

Diferentemente de uma palestra, no workshop não existem expectadores passivos, toda a audiência é convidada e estimulada a participar com trocas de experiências e de realidades entre si. É uma atividade complexa que exige preparação e planejamento, porém também é essencial “sentir” o ambiente e adaptar os planos às discussões que surgem e ao público que está participando, pois toda a experiência necessita ser fluída para o engajamento de todos. É importante destacar que não existe hierarquia, todos os comentários são bem-vindos e devem ser respeitados para que se crie um ambiente sem julgamentos e mais propício à inovação.

O primeiro passo para estruturar um workshop é definir o tema e o objetivo, que irão guiar todos as etapas a seguir, desde a definição dos participantes até os tipos de dinâmicas envolvidas. Os temas podem ser diversos, como: inovação em sabores, tendências em ingredientes, entre outros, assim como os objetivos: geração de ideias, criação de uma solução inovadora, criação de estratégias, etc.

Decidido isso, é necessário selecionar quem irá participar desse processo de cocriação. Para a seleção dos participantes, é importante ter pessoas mistas e diversas em pensamentos, experiências e contextos, de modo a enriquecer o trabalho, pois, geralmente, durante o workshop o grupo é dividido em sub-grupos e cada time cocria diferentes cenários dentro do tema sugerido.

A pessoa que irá apresentar os objetivos, guiar os trabalhos, estimular o diálogo, o envolvimento e até o confronto de ideias, chama-se moderador. Ele tem uma postura neutra, mas extremamente importante nesse processo, já que todo o engajamento no processo passa pela atitude e facilitação do mesmo.

O início do workshop é geralmente marcado por um momento de apresentação dos envolvidos e uma dinâmica de interação, para deixá-los mais à vontade para a cocriação. Interessante pensar em alguma dinâmica quebra-gelo relacionada ao tema escolhido, como, por exemplo: descrever uma experiência positiva com um cliente, ou falar sobre um sabor que remeta à infância. A agenda de atividades deve ser bem planejada e disponível aos participantes; é importante conter pausas para o restabelecimento físico, horários e intervalos para as refeições.

Ao final do workshop, a equipe organizadora sai repleta de ideias e com a responsabilidade de realizar a compilação dos dados, como a descrição das personas e dos insights gerados para serem utilizados posteriormente. Vale fotografar, guardar as anotações e elaborar um relatório detalhado com os seus resultados.

Por fim, é salutar ter em mente que um workshop é considerado efetivo e eficiente quando se tem a sensação de descoberta, com ruptura de conceitos e ideias já conhecidas anteriormente. Mas é preciso atentar-se: o resultado não necessita ser um grande projeto complexo, muitas vezes algum simples detalhe é o fator de inovação que o produto ou o serviço necessita.

Cocriação estruturada: Design Thinking

Uma das ferramentas mais utilizadas nos últimos anos no processo de cocriação, e que pode guiar um workshop, é o design thinking. O método criado pela Escola de Design Buhaus, na Alemanha, em 1919, combina técnicas para projetar produtos e serviços que sejam simultaneamente funcionais, com boa experiência de uso e estéticos. A característica mais marcante do design thinking é o pensamento baseado no usuário, ou seja: caso o desafio seja criar um novo sabor para um produto alimentício, necessita-se, de fato, conhecer e entender profundamente esse consumidor e suas necessidades.

Outra diferença desse método é a maneira de chegar a um resultado. Somos ensinados a pensar linearmente, ou seja, quando um desafio é proposto, partimos direto para a solução, num raciocínio que encurta distâncias, porém, pode não ter um resultado tão assertivo. O Conselho Britânico de Design formatou um método onde os pensamentos divergem e convergem duplamente, o famoso duplo diamante, formando, assim, a figura de dois diamantes, como mostra a imagem a seguir:

duplo diamante

O método é composto por três etapas. Confira mais detalhes de cada uma delas:

1 – IMERSÃO

Consiste em nivelar o conhecimento dos participantes de modo que todos tenham entendimento do objetivo, do tema ou do problema proposto. Essa etapa pode até ser realizada antes da data do workshop, com o envio de materiais prévios, artigos para leitura e/ou vídeos por exemplo, para que todos engajem na proposta e se conectem ao tema. A imersão é um mergulho profundo no entendimento de tudo que cerca o usuário/consumidor/empresa e, quando realizada em grupo, é ainda mais enriquecida pelas conversas e divergências bastante comuns entre os envolvidos.

2 – IDEAÇÃO

A próxima etapa é a convergência de ideias, baseadas nos insights do grupo trabalhados na etapa anterior. É realizada uma sessão de brainstorm, com validação e estruturação das ideias para seguirmos para a próxima etapa com as soluções mais formatadas.

3 – PROTOTIPAGEM e TESTE

Por último, a partir das soluções propostas priorizadas, ocorre a etapa de prototipagem e teste, onde se cria um MVP (“minimum viable product”, ou mínimo produto viável, em português) para teste, a fim de analisar seu desempenho e funcionalidade. Com base nos dados oferecidos na etapa de prototipagem e teste, podem ocorrer ajustes, para a definição do produto ou serviço a ser disponibilizado.

Modificar a forma desse pensar é desafiador, porém fica cada vez mais evidente que são necessárias construções diferentes para se obter resultados transformadores. As ferramentas e métodos criados para potencializar o pensamento inovador, como o workshop e o design thinking, são estratégias bem fundamentadas que possibilitam trilhar um caminho vencedor.

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