Facebook Pixel Inovação no setor de alimentos e bebidas: as tendências para 2018

Inovação no setor de alimentos e bebidas: as tendências para 2018

fevereiro 7, 2018

Tempo de leitura9 minutos

Confira as principais tendências de consumo de alimentos e bebidas para 2020


Os consumidores vão orientar suas escolhas de alimentos e bebidas de forma cada vez mais consciente em 2018, priorizando questões como transparência nas informações, sustentabilidade dos processos, opções mais saudáveis e conveniência.


Isto sem abrir mão do sabor e do prazer de se alimentar sem culpa. É o que indicam as listas de tendências para 2018 divulgadas por duas agências internacionais de inteligência de mercado, a Mintel e a Innova, no final de 2017.

No seu estudo Tendências Globais de Alimentos e Bebidas de 2018, a Mintel identificou cinco tendências-chaves para o consumidor no próximo ano, que abrangem os temas confiança, autocuidado, estresse, individualidade e sustentabilidade.

Já a Innova listou 10 tendências de consumo de alimentos e bebidas para 2018. Segundo a análise, os consumidores vão orientar suas compras de alimentos e bebidas com escolhas conscientes sobre os ingredientes que compõem o produto.

Eles passarão a buscar alimentos mais leves, saudáveis e saborosos para desfrutar das delícias sem culpa. Produtos que sejam elaborados por processos tradicionais, mais simples e amigáveis, e empresas e marcas que tenham preocupação com a sustentabilidade são outras duas fortes tendências para 2018 indicadas pela Innova. Outra tendência-chave aponta a reinvenção de aplicação dos chás e do café em bebidas e alimentos.

Confira abaixo as tendências de inovação no setor de alimentos e bebidas para 2018 publicadas pela Mintel e pela Innova.

Confiança, sustentabilidade e ética

Informação completa

A falta de confiança dos consumidores em relação a sistemas de regulamentação, fabricantes e produtos faz com que eles exijam completa e total transparência das empresas de alimentos e bebidas.

Esta desconfiança está pressionando empresas a fornecerem divulgações completas e honestas sobre como, onde, quando e por quem a comida e a bebida são cultivadas, colhidas, produzidas e vendidas, afirma o estudo da Mintel.

A necessidade de oferecer segurança e conquistar a confiança do consumidor está levando empresas a ampliarem o uso de claims (apelos) naturais, éticos e ambientais. Eles são explorados em embalagens ecológicas, divulgação de apoio a produtores, relevância à origem do produto ou mais informações disponibilizadas pela tecnologia, como códigos de barras ou QR Code.

Escolhas conscientes

Segundo a Innova, os consumidores estão mais conscientes e vão cobrar a lista de ingredientes para fazer escolhas saudáveis, levando em conta também a questão da sustentabilidade.

Expressão em cores

As reivindicações por cores naturais nos alimentos e bebidas podem ser vistas como oportunidades para as indústrias para oferecerem produtos coloridos e com rótulo limpo, sugere o estudo da Innova.

Valorizando as conexões

A Innova confirma que os consumidores têm observado cada vez mais questões sociais e ambientais ao tomar decisões de compra, como por exemplo inovações que se atentem à questão de resíduos alimentares e embalagens biodegradáveis e renováveis

Processos amigáveis

Um número crescente de lançamentos apresenta métodos de processamento que transportam “mais naturalidade”, ou seja, os consumidores têm se interessado em produtos elaborados em processos tradicionais, como por exemplo alimentos fermentados e chá e café a frio, segundo o estudo da Innova.

Autocuidado e dietas saudáveis best-for-you

Práticas autorrealizáveis

As movimentações de governos e instituições no sentido de ampliar a conscientização da população sobre os impactos na saúde provocados pelo consumo exagerado de açúcar, sal e gordura está produzindo efeito.

O consumidor, em diferentes países, está criando certa repulsa a ingredientes específicos, estimulado por alertas em rótulos e aumentos de impostos a determinados produtos.

Justamente para contrapor estas informações de cunho mais negativo, em forma de alerta, as abordagens positivas de produtos e empresas tendem a ganhar a simpatia do consumidor, sinaliza a Mintel.

Ao mesmo tempo em que existe esta aversão a determinados ingredientes, há também uma necessidade premente de escapar dos efeitos do ritmo de vida frenético.  “A permissão para desfrutar de delícias e satisfazer desejos é um aspecto integral do autocuidado que aborda particularmente a necessidade generalizada de alívio do estresse”, afirma a Mintel.

Portanto, os consumidores tenderão a desenvolver eles próprios as definições de dietas saudáveis, dentro do conceito best-for-you, em que os sabores são elementos indispensáveis de estilos de vida físicos e emocionalmente equilibrados.

No contexto do alívio de estresse, fica em evidência a tendência o “Poder das Plantas”, pelo apelo de relaxamento que ervas, especiarias e plantas podem promover.

Para a Mintel, em 2018, as definições individuais de autocuidado e equilíbrio reforçarão a necessidade de uma variedade de produtos de alimentos e bebidas que ofereçam aos consumidores soluções positivas que possam ser incorporadas em suas definições personalizadas e flexíveis de saúde e bem-estar.

Isto cria abertura no mercado para uma variedade de formatos, formulações e tamanhos de porções de alimentos e bebidas que ofereçam aos consumidores opções que podem se adequar ao seu plano de dieta individual.

Estes consumidores estão à procura de ingredientes, produtos e combinações que abordem os benefícios nutricionais, físicos ou emocionais.

Desfrutando com menos culpa

Opções mais leves que permitam comer e beber de forma mais saudável estão conquistando os consumidores, segundo estudo da Innova. Há um apelo crescente por mais leveza em termos de teor de álcool, doçura, sabor, textura e até mesmo o tamanho da porção.

Nos EUA, a venda de bebidas alcoólicas aromatizadas no varejo tem registrado um crescimento médio anual de 6%. Os petiscos vão diversificando suas opções, trazendo alimentos com apelos de saudabilidade e nutritivos.

Novos sabores e texturas

Abundância de escolhas de sabores

O uso mais criativo dos sabores para diferenciar e distinguir os produtos estará cada vez mais em alta, impulsionando a curiosidade e o interesse do consumidor. Segundo a Innova, um novo sabor determina a decisão de compra de spreads de doce para 53% dos alemães.

Novas sensações por meio de texturas

Em 2018, o som, a sensação e a satisfação que a textura fornece tornam-se mais importantes tanto para as empresas como para os consumidores. Segundo a Mintel, a cor continuará a ser importante, mas a textura é a próxima faceta da formulação que pode ser alavancada para oferecer novas experiências ao consumidor, principalmente o mais jovem, que está sedento por novas sensações.

O estudo sugere que, para se alinhar a esta tendência, as marcas podem enfatizar as qualidades dos produtos existentes, como por exemplo os ruídos para abrir a embalagem e consumir o biscoito crocante, atributos explorados por um anúncio sul-coreano para Ritz Crackers.

Entre as oportunidades para atender a esta tendência, a Mintel sinaliza a adição de texturas por meio de ingredientes naturais, como a polpa de frutas ou legumes, o formigamento de pimentas picantes ou carbonatação resultante da fermentação.

Tratamento preferencial

A evolução na variedade de canais e tecnologias para comprar alimentos e bebidas dará início a uma era de personalização. Os consumidores ocupados são atraídos para lojas on-line, aplicativos para dispositivos móveis e controle de voz pela comodidade que estas tecnologias oferecem para seus horários complicados e também para seus orçamentos.

Além da conveniência, a tecnologia oferece novas possibilidades para recomendações personalizadas de produtos e promoções individualizadas, o que tenderá a atrair mais consumidores. Segundo a Mintel, 3 em cada 10 brasileiros concordam que programas de fidelidade que dão recompensas personalizadas com base em seus interesses são atraentes.

Avanços da ciência na área de alimentos

As empresas voltadas para o futuro estão aumentando a conscientização com comparações entre comida e bebida cientificamente projetadas e cadeia tradicional de fornecimento de alimentos e bebidas.

Há em andamento uma verdadeira revolução tecnológica, em que empresas estão desenvolvendo soluções para substituir fazendas tradicionais e fábricas com ingredientes cientificamente concebidos e produtos acabados, incluindo culturas de células-tronco e impressão em 3D para replicar a natureza em ambientes controlados.

Mas estes produtos, como carne cultivada em laboratório e produtos lácteos livres de animais, são caros e ainda não possuem disponibilidade comercial.

Por isto, a Mintel prevê que os alimentos e bebidas cientificamente concebidos atrairão inicialmente os consumidores que estão preocupados com o meio ambiente. A tecnologia começará a interromper a cadeia alimentar tradicional em 2018, já que os fabricantes empreendedores visam substituir fazendas e fábricas por laboratórios.

A tecnologia também poderia eventualmente ser usada para projetar alimentos e bebidas que sejam mais nutritivos, o que amplia o potencial de mercado, alcançando consumidores que buscam nutrição.

Além do café

O chá está se reinventando para competir com a popularidade do café entre os millennials e os consumidores da geração Z. Segundo o estudo da Innova, a indústria de alimentos e bebidas caminha para o uso cada vez maior de café e chá como sabores e ingredientes que vai muito além das bebidas quentes, mas está em subcategorias como chá gelado e café e uma grande variedade de produtos, como barras de energia, iogurtes e geléias.

Experiências gourmet em casa

Os consumidores estão procurando mais experiências em casa com alimentos que proporcionem a qualidade e o toque gourmet dos pratos em restaurantes. A Innova identifica um aumento nas refeições inspiradas por chefs, kits de refeições e sabores.

Jardim do oceano

A Innova também indica um avanço do peixe sobre a carne na preferência do consumidor. Da mesma forma, os vegetais do mar vão ganhar força, usados também como substitutos do sal. Um em dois consumidores dos EUA e do Reino Unido consideram peixes e frutos do mar como uma alternativa para refeição, segundo a Innova.

As tendências indicam que, a  cada ano que passa, o consumidor mais consciente e bem informado avança nos seus níveis de exigência. Sua decisão de compra de alimentos e bebidas é influenciada por questões como transparência de informações, novas experiências (com sabores, texturas), saudabilidade, rótulos limpos, sustentabilidade e conveniência.  

Como a sua empresa está lidando com a inovação no setor de alimentos? Comente seus desafios pra nós!

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