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7 insights em segurança de alimentos

março 21, 2018

Tempo de leitura8 minutos

Consumidores mais exigentes e indústrias alinhadas à preocupação do mercado impulsionam movimento a favor de transparência, qualidade e alimentos mais seguros.


 

O consumidor tem ampliado os níveis de exigências de forma exponencial, provocando uma revolução no mercado global de alimentos e de bebidas. Mais consciente e criterioso, sua escolha de produto passa pelo crivo da transparência e ética das indústrias. Tem sede de mais informações e de segurança maior em relação ao produto que consome. Um comportamento que vem se fortalecendo nos últimos anos e que está entre as tendências-chaves de alimentos e bebidas para 2018 de agências como a Mintel e a Innova Market.

Alinhadas aos movimentos do mercado, as empresas de alimentos e bebidas têm ampliado, de forma contínua, os investimentos na implementação de sistemas de segurança de alimentos, que buscam a diminuição dos riscos, o fornecimento de produtos de melhor qualidade aos consumidores e o aumento da transparência entre todos os elos da cadeia de alimentos.

As indústrias alimentícias que estão adotando estes investimentos  como estratégia de atuação no mercado, destacam-se com um novo diferencial.

Confira abaixo outros insights para entender melhor a segurança no segmento de alimentos e bebidas.

ÍNDICE

1. O que significa segurança de alimentos
2. Alinhamento global de padrões
3. Consumidor cada vez mais preocupado
4. Avanço das certificações FSSC 22000
5. Ganhos que vão além do alimento seguro
6. P&D e a segurança de alimentos
7. Segurança de alimentos x Segurança alimentar

 

O que significa segurança de alimentos

 

Do inglês Food Safety, o conceito segurança de alimentos:

Indica que o alimento não causará dano ao consumidor quando preparado e/ou consumido de acordo com o seu uso intencional (ABNT NBR ISO 22000:2006). É sinônimo de alimentos seguros, garantindo que estão isentos de contaminantes biológicos, físicos e químicos no momento do consumo.

 

Para garantir a segurança de alimentos devem ser implementados programas com abordagem sistemática baseada na prevenção e no manejo de contaminantes, com o objetivo de produzir alimentos seguros, reduzir incidentes de origem alimentar e minimizar perdas na cadeia produtiva.

 


Alinhamento global de padrões

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Um organismo global regulamenta as diferentes normas internacionalmente conhecidas em segurança de alimentos. É a Global Food Safety Initiative (GFSI), uma ferramenta criada a partir de 2000 para promover o alinhamento global dos padrões de segurança de alimentos.

A sua missão é assegurar a melhoria contínua no sistema de gestão de segurança dos alimentos, para garantir a confiança na entrega de alimentos seguros aos consumidores.

Atualmente as normas reconhecidas pela GFSI são:

  • FSSC 22000 – Food Safety System Certification 22000
  • BRC Global Standard For Food Safety Issue 6
  • BRC/IOP Global Standard For Packaging and Packaging Materials Issue 4
  • IFS Food Version 6
  • SQF Code 7th Edition Level 2
  • Global Red Meat Standard (GRMS)
  • CanadaGAP (Canadian Horticultural Council On-Farm Food Safety Program)
  • Global Aquaculture Alliance Seafood Processing Standard
  • GLOBALG.A.P. Integrated Farm Assurance Scheme and Produce Safety Standard

Além destas normas, há uma grande quantidade de protocolos de certificação locais, com abrangência geralmente a seu país de origem.

 


Consumidor cada vez mais preocupado

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O aumento da preocupação do consumidor com a segurança dos alimentos foi confirmado no Indicador de Segurança da TÜV SÜD 2012, realizado pela empresa global de certificação com mais de 5 mil participantes, entre consumidores e representantes de empresas.

O estudo revelou que dois terços (67%) dos consumidores acreditam que a segurança dos alimentos é muito importante, um aumento em relação a menos da metade (48%) dos consumidores em 2007.

O levantamento também apurou que, apesar da atenção prestada à segurança de alimentos pelas indústrias, mais de 40% dos participantes relataram uma experiência com um produto alimentício inseguro nos últimos 5 anos. E 21% relataram ter tido uma reação alérgica às substâncias ou ingredientes em alimentos que não estavam declarados no rótulo.

 


Avanço das certificações FSSC 22000

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Para se ter uma ideia, na última década, a certificação FSSC 22000 cresceu notavelmente nos segmentos de alimentos e bebidas, e também vem crescendo em indústrias de apoio, como embalagens.

É a norma que mais certificados tem emitidos no Brasil, segundo o blog Food Safety Brazil: em maio de 2016, eram 416 certificados; em fevereiro de 2018, chegou a 604, um crescimento de 45%.

A FSSC 22000 é um esquema de certificação completo baseado na ISO 22000 e nas especificações técnicas aplicáveis específicas do setor para Programas de Pré-requisitos (PPRs), incluindo: ISO/TS 22002-1 (Produção de Alimentos); ISO/TS 22002-4 (Embalagens) e PAS 222 (Produção de Alimentação Animal).

Abaixo, um gráfico com a implementação da FSSC 22000 ao longo dos anos:

FONTE: FSC22000

 


Ganhos que vão além do alimento seguro

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A implementação da FSSC 22000 traz como principal benefício a oferta de alimentos seguros, mas podem ser listados também:

  • Comunicação mais organizada e objetiva entre colaboradores, fornecedores, clientes e consumidores;
  • Otimização de recursos e processos;
  • Melhoria no planejamento e aumento de produtividade;
  • Redução de riscos do negócio;
  • Aumento de confiança de suas marcas;
  • Confiabilidade entre os elos da cadeia produtiva de alimentos;
  • Melhoria da gestão das boas práticas de fabricação, identificação dos perigos e definição de medidas de controle;
  • Redução de perdas e foco em resultados finais.

 


P&D e a segurança de alimentos

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Há quem diga, ainda hoje, que o profissional que atua em P&D não tem nada a ver com segurança de alimentos, que isto é questão da área de controle e garantia da qualidade da empresa. Grande equívoco.

A segurança de alimentos tem impacto direto em todo o processo de criação e desenvolvimento. E, enquanto não estiver no DNA, na rotina do pesquisador, maior a chance  de erros e a probabilidade de problemas futuros.


Mas, por quê? Abaixo, estão listadas algumas das razões:

  • O pesquisador deve conhecer, em detalhes, as informações relacionadas a cada ingrediente da matéria-prima. Isto, para verificar se há algum componente que possa trazer algum perigo ou representar restrições de uso ou consumo. Um exemplo são os alergênicos. Este é um cuidado que começa lá na escolha da matéria-prima e do fornecedor.
  • Se alguma das matérias-primas tiver restrições, isto tem impacto em toda a cadeia: armazenagem, programação de produção, fabricação e logística. A informação precisa ser destacada para assegurar ações e cuidados que previnam qualquer risco de contaminação. Inclusive na hora de fazer os testes pilotos.
  • As informações de cada ingrediente/produto devem estar descritas em detalhes na formulação final. Este cuidado assegura transparência inclusive para orientar o consumidor.
  • Os profissionais de P&D que já trabalham inseridos no sistema de segurança de alimentos atestam: é mito o argumento que de o pesquisador que cumpre os requisitos de segurança de alimentos perde o foco da criação. A segurança é importante inclusive para assegurar que o desenvolvimento do produto seja assertivo e possa ser replicado para a linha de produção.
  • Hoje, cada vez mais fornecedores de matérias-primas estão inseridos no contexto da segurança de alimentos e têm as informações exigidas à mão. E novos fornecedores estão se habilitando dentro deste cenário.

 


Segurança de alimentos x Segurança alimentar

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Embora os dois termos sejam, em muitos casos, utilizados para o mesmo contexto, têm significados diferentes. Confira as diferenças:

 

Segurança de alimentos

Segurança alimentar

A expressão “segurança de alimentos” vem do inglês “Food Safety” e refere-se à garantia da qualidade dos alimentos comercializados, desde as etapas de manipulação e preparo até o consumo. Ou seja, os mesmos são seguros, sem a presença de contaminantes químicos, físicos e biológicos, e não causam danos à saúde ou integridade do consumidor. O termo “segurança alimentar” vem do inglês “Food Security” e refere-se ao conceito de implantação de políticas públicas com o propósito de garantir a todas as pessoas, em todas as épocas e no mundo todo, o direito de acesso a alimentos em qualidade nutricional e quantidade apropriadas para uma vida saudável e ativa.

 

A movimentação crescente em busca de informações mais confiáveis e alimentos mais seguros é um cenário que estimula investimentos contínuos das indústrias para aprimorar cada vez mais seus sistemas de segurança de alimentos e manterem-se competitivas no mercado.

E a sua empresa, como está lidando com estes movimentos? Comente seus desafios para nós!

 

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